
Sendo assim, essa noite, busco não ser covarde ao ponto de odiar. Quero ser homem ao ponto de ser menino: brigar, esquecer e perdoar. Tão fácil e tão simples como jogar bola. Ao dormir, não quero ter nada que me acorde no meio da noite. Ao acordar, não quero ter nada que me prenda à cama. Vou pedir pra Deus desenhar um futuro sem medo. Vou usá-lo como ilustração da capa de um livro que fala de dor e persistência, de erros e arrependimentos, de esperança e luta. Essa noite não quero desistir de tentar me tornar um cara bom. Vou ainda olhar por cima das desesperanças, vislumbrar o que me reserva a perseverança. Não tenho a pretensão de uma vida de vitórias, mas quero pensar que sempre tentei tudo, com todas as minhas forças. Depois, terei o tempo e a morte como adversários em um jogo em que sei que serei derrotado. Só espero ser um bom perdedor, orgulhoso de todas as minhas jogadas, reconhecendo a força e a beleza dos meus oponentes. Daí, me cobrirei de paz e deixarei que minha alma descanse até o dia em que irei acordar para vida que nunca vivi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário