sábado, 11 de agosto de 2012

Enquanto Espero

Cansado, vazio, a esmo. Me afasto  e, dentro de mim, Te cobro a ausência. Erros superados voltam, me superam. Passos vazios. Gestos vazios. Palavras vazias. Cheio de vazio. Volto, olho e desisto, mas resisto, desisto. Até quando vou resistir? Até quando resistindo? Queria me jogar de vez no abismo que é Você. Ou nem quero. E, se quero, por quê não faço? Lembro da luta de um dos teus primeiros, quando falava o "bem que quero,  não faço". Eu queria ser grande como o "pequeno" que assim nos falou. Mas em mim só se identifica a angústia de ver uma natureza que insiste em me sobrepujar seus desejos egoístas e impulsos letais.  Cansado de um luta que eu descansei e parei de lutar. O soldo da deserção é pesado. Acho que não vou longe assim. Parece que volto pra batalha desarmado. Com medo, me sentindo envergonhado. Não lembrando que é você, meu rei e meu Deus, que luta por mim. Só me perdoe nessa noite e não me deixe. 

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