sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sobre Esperança Que Sustenta Meu Coração



Uma vez ela perguntou o por quê disso tudo? Qual o motivo de tanto sofrimento e de toda essa confusão que é a vida? Eu realmente não sei a resposta. Só sei que, no fundo do meu coração, eu sinto que vale pena, porquê os dias de tempestade não são maiores que os dias de sol. A tempestade é só um espaço entre os dias de sol. Ao invés de questionar o sofrimento da vida, quero aprender a agradecer as alegrias que ela proporciona e achar, mesmo na dor, principalmente na dor, o crescimento que a felicidade não me permite ter. Pois me aconchego e me acomodo à ela, só preciso senti-la. Na dor, luto e penso, faço arder minhas falhas até fazer delas força para não desistir. Então não quero definir a vida em uma pergunta, quero exclamar cada ato meu da melhor forma que eu puder. Mas se isso é, de alguma forma, sabedoria, só o é porquê os dias de sofrimento me ensinaram. 

Sendo assim, essa noite, busco não ser covarde ao ponto de odiar. Quero ser homem ao ponto de ser menino: brigar, esquecer e perdoar. Tão fácil e tão simples como jogar bola. Ao dormir, não quero ter nada que me acorde no meio da noite. Ao acordar, não quero ter nada que me prenda à cama. Vou pedir pra Deus desenhar um futuro sem medo. Vou usá-lo como ilustração da capa de um livro que fala de dor e persistência, de erros e arrependimentos, de esperança e luta. Essa noite não quero desistir de tentar me tornar um cara bom. Vou ainda olhar por cima das desesperanças, vislumbrar o que me reserva a perseverança. Não tenho a pretensão de uma vida de vitórias, mas quero pensar que sempre tentei tudo, com todas as minhas forças. Depois, terei o tempo e a morte como adversários em um jogo em que sei que serei derrotado. Só espero ser um bom perdedor, orgulhoso de todas as minhas jogadas, reconhecendo a força e a beleza dos meus oponentes. Daí, me cobrirei de paz e deixarei que minha alma descanse até o dia em que irei acordar para vida que nunca vivi.





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