quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Oito

E voltar à vida na brisa da tarde. E fazer a vida ser brisa no mundo. Do mundo, escada para o céu. Do céu, a canção dos dias. E fazer dos dias a recompensa do trabalho. E trabalhar para crescer e não só para ganhar. E crescer mais para dentro de si do que para fora. Usar isso para diminuir. E ser tão pequeno que só Deus te alcance com os olhos. E estar a vista de Deus para que não se perca. Saber onde está para saber onde não se deve ir. Ir além do que se pode ver. Ver além do que se pode pensar. Pensar para encontrar a fé. Ter fé para remover montanhas e deixá-las lá. Deixá-las para escalá-las. Do alto, retomar o folego. Respirar vendo o mundo, como pequeno ele é. Conhecendo-o para vivê-lo. Vivendo-o para entender que não se é dele. E, assim, lembrando de casa, estar protegido. Protegido, vão querer te atacar. E a morte pode chegar a ti. E mesmo que chegue, não terá vitória. Ainda pode voltar à vida na brisa da tarde. 





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